quinta-feira, 26 de março de 2009

Entrevista Sombriu


Por George Ederson

SDZ: Saudações Lord Demeros!! Enfim uma entrevista com sua horda, saiba é um prazer para nós tê-los em nossas páginas!! Iniciemos essa entrevista contando aos nossos leitores como tudo começou para a Sombriu e como tem sido as batalhas até então em um histórico geral de sua jornada...

Lord Demeros: Saudações nobre George Éderson e leitores do Satanic Destruction Zine! É uma grande honra poder participar de seu conceituado artefato! A horda surgiu no inverno de 1997 E. V. como um projeto atmosférico, em 1998 Eurinomed convida guerreiros da cena e está completa a formação, que grava a DT “Dos Mundos Submersos” em 2000 E. V. Eurinomed se muda para Sapiranga e é formada uma nova formação, em 2001 é gravada a DT “Ocultam” em 2005 já com nova formação gravamos a demo oficial “Profundezas...”, foi produzido no melhor estúdio do Sul do Brasil o Hurricane, no mesmo ano lançamos uma compilação de demos do começo da horda “Sacrifício Profano” que contava c/ sons atmosféricos, no final de 2006 Eurinomed e Hagneshela deixam a horda por problemas pessoais e desde então eu estou procurando guerreiros para substituí-los. Nova formação conta com: Lord Demeros (Baixo/Vocal), Torment (Guitarra/B. Vocal) e Mephistopheles (Bateria).

SDZ: Em seu trabalho mais recente “Profundezas” vocês regravaram quase que completamente a DT “Ocultam”. Como surgiu essa idéia e como você avalia o resultado obtido, que em minha opinião ficou ainda mais matador?

Lord Demeros: Sim a maioria dos hinos do “Profundezas...” é da DT “Ocultam” exceto Chagas das Víboras e Morrer na Floresta, queríamos gravar algo de qualidade porque demorou muito p/ estabilizar a formação. No “Profundezas...” foram usada flautas em alguns hinos e os velhos ganharam novos arranjos e ficou como gostaríamos.

SDZ: Apreciei bastante o formato adotado no CD-demo “Profundezas”, utilizando silk no CD, encarte completo com letras e informações adicionais, além de um belo trabalho gráfico. CD´s-demo como esse chega a ser comparado com um Debut, pois possui uma qualidade que chega a superar a de muitos Debuts por aí. Você acha que esse novo formato pode vir a contribuir ainda mais para a divulgação de uma horda, já que a qualidade apresentada é superior aos antigos formatos que contava apenas com capa simples?

Lord Demeros: Bem queríamos gravar algo de qualidade, lançar uma demo com encarte e Silk no CD. Obrigado pelo elogio! Sim chega a ser superior a muitos Debuts por aí! Este formato contribui ainda mais na divulgação, mas a magia das demos K7´s e CD-r’s xérox nunca vai morrer.

Sombriu Foto 1
SDZ: Obtive algumas informações que vocês estariam se preparando para gravarem mais um trabalho. O que você poderia nos adiantar sobre isso? Qual o formato que vocês adotarão desta vez? Existe algum selo que estará dando um suporte nesse novo lançamento? Qual o título e a previsão para o lançamento?

Lord Demeros: Já gravamos toda a bateria desta nova opus que contará com hinos novos e bônus, vai ser o melhor trabalho da horda nestes 10 anos de peleja, o titulo é “Macabro Ritual Nas Florestas Do Sul” o formato vai ser MCD ou Debut-CD depende das nossas condições financeiras, vai ser lançado pela Spirit Evil Production na qual eu sou responsável  o suporte é nossa força de vontade e muito ódio! 

SDZ: As artes da capas dos trabalhos de vocês já é uma das características que compõem a horda Sombriu. Como funciona todo o processo de criação e desenvolvimento do trabalho gráfico expresso nos trabalhos da horda Sombriu? Vocês pretendem continuar com essa fórmula e manter essa característica ou mudarão nos próximos trabalhos?

Lord Demeros: Com a saída de Eurinimed perdemos esta arte, mas garanto que a nova arte vai ser ainda melhor, vai ser feita por Necronus da horda Movarbru ele é um mestre em desenho aguardem.

SDZ: Pude conferir no VHS “Celebração nos Bosques de Satã” (não lembro em qual edição) uma apresentação da horda Sombriu e aprecie bastante. Esse evento se tornou bastante tradicional na região Sul, mas nunca mais ouvi falar a respeito, o que houve? Em com relação às celebrações da horda, como tem rolado?

Lord Demeros: “I Celebração nos Bosques de Satã” em 2001 eu tinha acabado de entrar na Sombriu, mas não pude tocar. Este festival contou com grandes nomes da cena Black Metal brasileira e ficou bem conceituado na região. Teve 3 edições, seu mentor teve diversos problemas e teve abandonar o evento, que em minha opinião foi uns dos melhores festivais Black Metal da região Sul, que reunia hordas de vários estados.

SDZ: Demeros posso não estar sendo preciso, até pela distancia, mas em minha opinião o cenário underground do RS mudou muito nos últimos 5 anos, pois eu observava um cenário forte com muitas hordas e hoje vemos pouca movimentação de hordas de sua região. O que anda acontecendo com o underground de seu estado? Quais as principais problemas que vocês vêm enfrentando por aí atualmente?

Lord Demeros: Sim a cena mudou muito em 5 anos, surgiram hordas novas e algumas antigas acabaram, tinha muita panelinha e ignoravam as hordas que cantavam em português, nós daqui de Sapiranga organizávamos festivais e reuníamos hordas velhas e novas. Falta mais união dos bangers do RS, falta postura e ideologia.

SDZ: A região Sul sempre foi um dos principais centros de Black Metal nacional produzindo algumas das hordas mais importantes do negro underground nacional. Atualmente, quais seriam os principais nomes do negro underground Sulista que possuem uma sonoridade com originalidade e uma ideologia digna de respeito?

Lord Demeros: Originalidade é pouca por aqui, a grande maioria prefere copias de hordas gringas, as que eu aprecio e tem meu respeito são: Movarbru, Penitence, Bal Hammon(rip), Amaducias, Tiwaz, Thorn`s Of Evil, Subtenebras e Berzabum. Falo da sena aqui do RS!

SDZ: Não poderia deixar de citar, mas qual a posição da horda perante o NSBM e o Separatismo? Cara, um fato que me deixa extremamente irritado é ter pessoas que possui sim ligação, simpatia, e até participação com o NS, mas se escondem atrás de uma máscara que só eles mesmo enxergam. Isso para mim já é uma característica dessa falsa ideologia. O que acha disso?

Lord Demeros: Nos não apoiamos ideologias políticas e separatistas, sempre lutamos pelo satanismo e ocultismo!

SDZ: Outra mudança bastante relevante ocorridos nos últimos anos em sua região foi a transformação ideológica ocorridas com algumas hordas, como aconteceu com a Dark Lord, Ares Wrath, Thy Legion entre outras, que de uma hora pra outra assumiram ser NSBM. Por que isso acontece com tanta freqüência em sua região?

Lord Demeros: Algumas hordas para chamar atenção usam esta temática, são descendentes de imigrantes alemães e italianos que vieram fugidos da 2º guerra e colonizaram nosso estado, alguns NS nem são descendentes destes povos e se dominam NS! Na verdade isto é minoria aqui assim como tem em outros estados.

SDZ: Outro fato envolvendo nossas duas regiões é que está diminuindo muito a divulgação das hordas da região Sul aqui no Nordeste, não sei o motivo. E por aí como anda a divulgação das hordas Nordestinas? Por que isso está ocorrendo e como poderemos mudar essa situação?

Lord Demeros: Eu sempre tive contato com hordas do Norte e Nordeste, mas depois que surgiram estes NS os guerreiros (as) ficaram desconfiados de nós daqui do sul por conta disto muitos acham que todas hordas são NS, aqui a divulgação poderia ser melhor. Podemos mudar isto mantendo nossos contatos e ignorar os NS. (SDZ: E estamos sim batalhando para mudar isso. Em todas as edições do SDZ tivemos hordas do Sul e sempre teremos!)

SDZ: Guerreiro, sei que tanto se fala em NSBM na região Sul que todos acabam esquecendo de algo de maior importância que é o judaico-cristianismo. Não vejo nenhum combate direto a essa corja em terras sulistas, pelo menos pouco é falado já que falta espaço para isso. Você tem conhecimento de alguma manifestação Unblack ou White “Metal” em sua região? O que vem sendo feito para combater isso?

Lord Demeros: A cena RS, SC e PR são completamente diferentes, o combate à corja judaico-cristão é forte não é muito divulgado porque a distancia e muito grande! Unblack ou white isto não rola aqui se surgir nós destruímos.

SDZ: Você concorda que deveríamos nos organizar em grupos para debate e combate direto ao movimento judaico-cristão, dentro ou fora do Metal, para que de alguma forma pudéssemos contribuir para a destruição dessa corja, já que o fim total ainda está distante e os únicos que se propõem para isso gastam seu tempo com guerras de ego? Sem contar que isso seria uma alternativa para organizações com propósitos suspeitos e que estão é propagando falsas ideologias...

Lord Demeros: Isto é muito complicado de combater, temos que nos unir formar alianças e mantermos sempre fortes com nossas ideologias satânicas e extremas, combater a corja na cena sim, mas fora não tem como!

SDZ: Compreendo perfeitamente o espírito Sulista e a adoração que os habitantes de sua região têm pela terra que nasceram, já que a muitos anos tenho contato com pessoas de sua região e grandiosas amizades, mas minha compreensão acaba quando isso ultrapassa chega ao ridículo de se acharem superiores a outras regiões. Por que isso chega a ocorrer? Você concorda com esse ponto?

Lord Demeros: É lógico que não concordo com estas atitudes infantis, isto é uma pequena minoria de seres que não sabem o que falam!

SDZ: Grande Demeros, agradeço pelo tempo dedicado a responder essa entrevista, espero que essa venha a contribuir ainda mais para a divulgação da horda no Nordeste. Fique a vontade para expressar sua mensagem de ódio para a raça bastada de cristo. Hail!!

Lord Demeros: Agradeço imensamente a oportunidade que tu me destes, nobre guerreiro, espero que tudo volte como outrora guerreiros (as) do norte e sul unidos com uma única causa o Metal Satânico! Hail Satan!!!

terça-feira, 24 de março de 2009

Entrevista Arum


Por George Ederson

SDZ: Saudações Marcelo Miranda! É um prazer ter a horda Arum nas páginas do Satanic Destruction Zine... Desde 1998 que você vem mantendo a bandeira do real Metal Negro erguida em uma cena sem perspectiva para um futuro promissor para uma horda nacional. Como têm sido esses anos de batalhas nesse maldito underground?

Marcelo Miranda: Saudações George! É uma honra poder estar participando do Satanic Destruction Zine. Apesar das conhecidas dificuldades pela qual todos que estão de alguma forma envolvidos no underground passam, me sinto orgulhoso por continuar tocando e mantendo a minha banda na ativa.

SDZ: Vocês iniciaram suas atividades com o nome Gruunks, mudando o nome para Arum em 2000. Quais os significados de ambos os nomes e o motivo de tal mudança?

M. Miranda: Quando retornei as atividades em 1998 resolvi manter o nome de minha antiga banda, pois não sabia que rumo tomaria o som nessa nova fase. Como tudo estava bem diferente que a época lisérgica do Gruunks resolvi mudar o nome para a Arum. Esse nome foi sugerido pelo ex-baterista e o significado é “... um plano existencial paralelo, um lugar desolado e caótico, imunizado das penúrias mortais...”.

SDZ: Com quase 9 anos de estrada, 2 (duas) DT´s (“The Gruunks Age” e “Hellish Spells”) e 2 (dois) CD´s (“Fierce Everlasting Tempest” e “Inhuman Echoes From the Shadows”) e mais recentemente 1 EP “Prelude Cataclysm”, e em breve com o 3° opus saindo, uma trajetória bem ativa para os padrões nacionais em se tratando de Black Metal, você não acha? Por que ainda é tão complicado para uma horda Black Metal lançar um trabalho digno nesse país? Quais os principais méritos obtidos pela a horda com esses lançamentos?

M. Miranda: É uma trajetória ativa sim, pois nos dedicamos muito à banda nesses anos, e temos a sorte de estarmos com a mesma formação desde 2002. Mas creio que se não tivesse atrasos nos lançamentos talvez teríamos mais Cds lançados, porém não tenho o que reclamar, o importante é que tudo foi feito de forma natural e honesta. O maior problema de uma banda lançar algo digno é a questão financeira mesmo, e a falta de apoio ao metal feito em nosso país. Com certeza têm muitos que apóiam, mas sabemos que o apoio maior é para as bandas vindas de fora, isso por todos, gravadoras, revistas, publico....

SDZ: A Arum lançou o debut CD pela Demise Records, mas acabou ficando por aí mesmo, o que aconteceu para não continuarem com o selo?

M. Miranda: O selo não correspondeu com nossas expectativas.

SDZ: Creio que esse caso da Arum, com problemas de satisfação com o selo não foi um caso isolado e hoje tem se tornado bem comum. Vejo frequentemente hordas reclamarem de insatisfação quanto aos seus respectivos selos e procurando mais de que nunca lançar seus trabalhos por selos estrangeiros ou de forma independente. Há alguns anos atrás isso não era tão comum, por que em acontecido tão frequentemente? Isso já era previsto em sua opinião?

M. Miranda: Nada vai ser 100%, o ideal então é ver o beneficio que você como banda vai ter quando assinar com um selo. Quase sempre nos primeiros trabalhos as bandas pensam exclusivamente com o coração, já os selos por mais que não assumam vêm a questão financeira. Isso está acima de qualquer ideologia, e não critico, pois racionalmente temos que separar as coisas e ver que temos custo em tudo e alguém tem que pagar. Isso eu compreendo melhor hoje, já que vejo a música como arte, faço como arte, mas hoje aceito que tem um custo para isso ser produzido e se o retorno financeiro não vem é complicado para todas as partes, e como sabemos quase sempre não vem.

SDZ: Em 2004 vocês lançaram o 2° CD “Inhuman Echoes From the Shadows” pelo selo Norte Americano KillZone Records. Como rolou o entendimento com o selo que resultaram no contrato? Porque um selo de fora? Você acha que a divulgação desse álbum aqui no Brasil foi satisfatória? Como rolou o esquema de divulgação e distribuição aqui no Brasil?

M. Miranda: Mantenho contato com Stuart, dono da KillZone desde 2001, antes dele montar o selo. Nos tornamos irmãos nesses anos, e sempre estávamos em contato. Quando reformulei o Arum e lançamos a demo Hellish Spells o objetivo era arrumar um selo para lançar nosso novo CD que estávamos para gravar. Divulgamos a demo para vários selos, porém somente um na Bulgária teve interesse, no Brasil, nenhum. Nessa época o Stuart, me disse que iria montar um selo e gostaria de ter o Arum como primeiro lançamento. Me senti honrado, e aceitei na hora. Tendo em vista que foi lançado por um selo novo americano com uma banda desconhecida brasileira, achei muito satisfatória a divulgação feita, e que ainda continua. Infelizmente não no Brasil, pois aqui foi pouco divulgado, mas não por falta de interesse do selo, que lembro que na época entrou em contato com endereços que mandei para ele, mas que pra variar não teve muito retorno. Então a divulgação ficou por nossa conta quando tínhamos shows marcados.

SDZ: Atualmente a Arum está divulgando o EP “Prelude Cataclysm” que conta com 2 sons inéditos, uma regravação e um cover para “Cry Wolf” do Venom. Nesse também teremos um Vídeo Clip para o hino “Garden of Lost Souls”... Como anda a divulgação desse novo trabalho?

M. Miranda: Esse EP foi lançado quando fomos para nossa primeira tour para Europa, no fim do ano passado. Agora que estão aparecendo algumas criticas, e o EP continua sendo divulgado. Tivemos um problema por lá e o material ficou todo na Europa, então mais uma vez a divulgação por aqui será complicada. Mas a intenção do EP foi uma prévia para o nosso próximo álbum, que espero que saia esse ano.

SDZ: Lançar o trabalho por um selo estrangeiro tem suas vantagens, já que os selos nacionais têm uma divulgação até que limitada aqui no país sendo necessário a própria horda arcar com os custos de distribuição e vendas nos próprios shows. Como tem sido os trabalhos com a KillZone Records? Quais os próximos frutos a serem colhidos pela horda em um futuro breve?

M. Miranda: A KillZone está fazendo o máximo que pode para divulgar o Arum, mas sabemos que também não é fácil, mas aos poucos o reconhecimento vai aparecendo. Só o fato deles terem nos arrumado uma tour na Europa, já foi um grande feito, mesmo porque sei das condições do selo, que está crescendo mas ainda não é grande. Atualmente estão buscando outros lançamentos para crescer mais ainda e com isso seremos beneficiados e colheremos frutos no futuro com certeza.

SDZ: Observando todos os lançamentos da Arum até hoje, sendo em compilações e lançamentos oficiais a grande maioria tem sido por selos e zines de fora do país, isso mostra que vocês sempre tiveram uma boa ligação com o underground de outros países, não é verdade? Como a horda Arum tem sido aceita no mundo afora?

M. Miranda: Realmente não sei por que isso aconteceu, não foi pensado, acontecendo naturalmente. Mas lógico que o fato de termos um selo estrangeiro, facilita os contatos e divulgação pelo mundo afora. Acredito que temos uma boa aceitação, com exceção de alguns países que acho que realmente não gostam do Arum, como a Holanda, por exemplo, pois todas criticas aos nossos trabalhos vindas de lá não foram boas. Mas de forma geral e pela reação do público que entra em contato, temos boa aceitação por diversos países.

SDZ: As hordas nacionais ainda não têm trabalhado muito com esse formato de divulgação que é o Vídeo Clip, talvez por falta de meios de veiculação dos clips e falta de estrutura para filmagens, etc. Como rolou todo o processo de criação do Clip? Na sua opinião esse formato terá futuro no Metal Negro nacional algum dia?

M. Miranda: Temos um grande amigo formado em cinema, que criou a Decameron Filmes, conversando veio a idéia de fazermos um clip, e pela nossa amizade não tivemos um custo alto para isso. Fizemos um clipe simples por conta disso também, mas a idéia foi essa mostrar a banda tocando. Para mim o clipe é mais uma divulgação para uma banda. Todos formatos são válidos, desde que feitos com honestidade.

SDZ: Você pretendem lançar algo no formato DVD, ou ainda é cedo para falar nisso? Para você quais os melhores vídeos de Black Metal já lançados? (DVD, Clips, VHS, etc) Vocês pretendem em um futuro lançar um DVD ou algo semelhante?

M. Miranda: Com certeza se num futuro tivermos condições para fazer um DVD o farei com certeza. Mas precisaremos de mais shows, para termos uma execução boa e podermos registrar um grande show. Pois se lançar qualquer material ao vivo, terá que ser ao vivo, sem nenhuma correção em estúdio. Gosto muito do “Imperial Live Ceremony” do Emperor; “Funeral Marches and Warsongs” do Marduk; “In Domine Sathana” do Rotting Christ e do “World Misanthropy” do Dimmu Borgir. Clipes são vários. 

SDZ: Em 2007 a horda estará lançando o 3° opus “Occult Cataclysm - The New Era Rises”, que, aliás, já está bastante divulgado e aguardado em todo o país. Qual a data prevista para o lançamento? Como ficará a distribuição nacional desse trabalho, já existe algum selo interessado em lançar uma versão nacional? Apresente-nos esse novo trabalho...

M. Miranda: Também estamos esperando que esse álbum seja finalmente lançado nesse, já que era para ter sido feito no ano passado, mas não temos que reclamar, pois ao invés do lançamento ganhamos uma tour pela Europa. Não tem data específica ainda para o lançamento, mas da última vez que conversei com o Stuart, ele disse que esse ano será lançado. Quanto à distribuição também não sei, seria pela Vampiria Records, mas não sei como está sendo tratado isso entre a KillZone e eles. Agora lançamento em versão nacional, no momento não tenho nenhuma previsão e nenhum selo interessado. Quanto ao novo trabalho realmente gostamos muito do resultado final. Trabalhamos intensamente durante o ano de 2005 entre composição e gravação. As músicas continuam com a mesma essência, mas muito melhores executadas do que nos álbuns anteriores, com variações de tempo, parte acústicas, contrapontos entre guitarra e baixo, enfim tudo que sempre fiz no Arum. 

SDZ: Como você analisaria a evolução musical e as diferenças entre cada um de seus trabalhos? Você acha que a mudança foi mesmo tão expressiva?

M. Miranda: Essa é uma questão complicada. Com certeza a evolução musical sempre existirá, pois todos da banda estão sempre estudando e pesquisando, evoluindo como pessoas, o que reflete diretamente na banda. O que procuro manter, e sempre busquei foi a minha essência e identidade na música do Arum, a maioria das músicas continuam sendo feitas por mim, mas os outros também já contribuem com grandes idéias, pois sabem como o Arum deve ser. A banda não irá nunca se limitar, mas que tenha e preserve a personalidade. Acho que cada um vai achar se as diferenças entre os álbuns são ou não muito expressivas.

SDZ: No começo vocês tocavam Death Metal e naturalmente se desenvolveram com as raízes fincadas no Metal Negro. Darkthrone também começou dessa forma e outras como o Behemoth que começou Black Metal e hoje está musicalmente bem Death Metal. As diferenças entre os dois estilos pra vocês é tão gritante assim ou ambos tem uma forte ligação? Quais as principais hordas de Death e Black Metal ideologicamente falando, em sua opinião?

M. Miranda: Quando retomei as atividades de minha antiga banda, em 98, os membros que tocavam comigo estavam mais focados no Black Metal. Naturalmente tomamos uma raiz mais fincada no Black Metal, mas hoje em dia, acho que fazemos um pouco dos dois, e até algo mais, não me limito em relação as minhas influências. Realmente não me preocupo com isso, quero é soar como Arum. Para mim cada uma das subdivisões do Metal tem suas particularidades, mas estão todas ligadas por algum ponto. Gosto de muitas bandas de Death e Black Metal, assim como de outras vertentes.

SDZ: Atualmente o Death Metal está se distanciando do lado ideológico e só visam a musica, não estou generalizando, mas tem muita banda hoje que só pensa em tocar rápido e nada de ideologia. No Black Metal também tem muita gente que não liga nada para ideologia, que em minha opinião é o ponto crucial do estilo, só pensando em tocar da forma mais comum possível, ou seja, na que está em alta. Como você tem visto a atual fase desses dois estilos?

M. Miranda: Não nego a importância de termos ideologia, temos que ter e concordo que é importante para o Black Metal. Porém isso é uma questão extremamente particular de cada um, mesmo que por vezes possamos compartilhar com várias pessoas, o importante é cada um ter sua própria maneira de pensar. Eu nunca gostei de me prender em um só pensamento, de limitação, procuro minha evolução e busco por conhecimento sempre, e isso como disse acima irá se refletir na minha arte de alguma forma. Particularmente eu sempre coloquei a música em primeiro plano, caso o contrário eu seria escritor e não músico. E para mim o Death e Black Metal são estilos musicais também. 

SDZ: Em sua opinião por que ainda existem tantas hordas que não querem ter o nome de sua horda atrelado a outros estilos que não sejam o Black Metal, como é o exemplo de hordas que possuem o som arrastado e odeiam serem chamados de Doom/Black Metal, ou hordas que possuem alguma variação de vocal voltado para o gutural e não gostam de serem chamadas de Death/Black Metal?

M. Miranda: Isso não posso responder pelas outras bandas. Acho que rótulos no fundo só servem para situar mais ou menos o estilo que as bandas procuram e como ainda não são conhecidas, se rotulam de alguma forma, mas também não tem nenhum rotulo absoluto, pois cada um tem um ponto de vista sobre isso. O Arum mesmo já foi rotulado de diversas formas, e comparado com bandas de estilos diferentes. Isso não me importa.

SDZ: Atualmente a horda está em preparativos para alguns shows no Peru e possivelmente em outros países da America Latina e EUA. Como estão os andamentos das negociações?

M. Miranda: Por enquanto nada definido, estamos afim e tivemos essa idéia, pois tenho um grande amigo no Peru e que muitos conhecem pelo apoio ao Metal, o Martin do Explosion Cerebral. Mas por enquanto ficou só na idéia, que espero que se concretize. Dai tentaríamos contatos para outros países na América do Sul. Quanto aos EUA, dai será por parte da KillZone, não sei quando dará para irmos para lá, mas um dia iremos.

SDZ: Sempre vejo hordas nacionais receberem convites para se apresentar fora do país, até em uma pequena turnê, mas acaba que devido às dificuldades ainda são poucas as que vão. O que poderia ser feito para que mais hordas nacionais possam ter essa experiência de se apresentar fora do país propagando ainda mais a maldição do Metal Negro brasileiro?

M. Miranda: O principal problema é a questão financeira, e sem um apoio fica muito complicado. O que poderia ser feito em minha opinião é o underground continuar sendo underground, mas ser mais profissional, e com isso conseguiria apoio para isso acontecer, não tem mistério.

SDZ: Em 2006 vocês tocaram em vários festivais como o “Christian Holocaust Fest”, “Odium Humani Gênesis” e no “Malefic Cold Weather Underground Festival VI”, além de outros que não fiquei sabendo. Como foi o ano de 2006 para vocês em relação as celebrações ao vivo? Quais os planos para 2007 nesse sentido, algum chance de uma passagem de vocês pelas terras nordestinas?

M. Miranda: Além desses grandes eventos, tivemos alguns outros shows, como a abertura para o Rotting Christ no Arena e o momento mais importante de nossa carreira que foi a nossa ida para a Europa no final do ano, onde tocamos na Alemanha, Austria, Eslovenia e Bélgica, junto com o Aeternus, Devilish Impressions e Darkshine. Tínhamos vários planos para esse ano de 2007 em relação a shows, inclusive o Nordeste, pois há tempos quero ir com o Arum, mas problemas particulares fizeram com que após Janeiro a banda desse uma parada em suas atividades. Mas agora em junho tudo será retomado, e esperamos contatar produtores sérios para fazer nossos próximos shows.

SDZ: Bem Marcelo, agradeço por essa entrevista, espero que tenha apreciado e que esta possa contribuir na divulgação da Arum no underground nacional. Fique a vontade para deixar sua mensagem aos leitores do SDZ Hail!!                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              
M. Miranda: Eu que agradeço George ao seu apoio ao Arum e ceder um espaço no SDZ para ajudar a nos divulgar. Aos leitores que quiserem conhecer mais sobre o Arum podem visitar nossos sites: www.arum.com.br ou www.myspace.com/arumblackmetal . Espero que um dia possamos finalmente tocar no Nordeste e conhecer de perto essa forte cena. Hails!

Entrevista Arcanus Ad Noctum


Por George Ederson

Janeiro de 2006

SDZ: Saudações Count Haeretticus! Para inicíar apresente-nos um relato da trajetória da horda Arcanus Ad Noctum aos leitores do SDZ.

Count Haeretticus: Saudações meu nobre Aliado e Irmão George! Arkanus AD Noctum deu início ao seu negro trilhar em 2002 E.V., a mesma foi fundada por mim, e logo Domminus Umbra aliou-se à barbárie anticristã. Durante um ano após a batalha ter sido iniciada, a Horda teve algumas mudanças na formação, a qual está fortemente estabilizada desde 2003 E.V. com:

Count Haeretticus 666 – Negras Vociferações;

Domminus Umbra – Baixo;

Maleficarum – Bateria e Coros Épicos;

Arkanjo Pervertum Daemonicus – Guitarra e Coros Épicos.

SDZ: A Arkanus ad Noctum lançou um trabalho pelo selo Sephiroth D. P. em formato K7, como você avalia os resultados obtidos com esse trabalho?

Count Haeretticus: Grandiosos, mesmo se tratando de um ensaio, com baixa qualidade de gravação, obtivemos majestosos triunfos e um grande e verdadeiro respeito e reconhecimento do nosso cenário underground.

SDZ: Essa DT foi lançadas com cópias limitadas em 666 unidades. Todas as cópias já foram distribuídas ou os guerreiros ainda podem conseguir uma cópia de grandioso trabalho?

Count Haeretticus: Ainda temos algumas cópias em mãos, aos guerreiros interessados, entrem em contato.

SDZ: Você pretende lançar novamente esse trabalho? Digo em outro formato como Cd-demo?

Count Haeretticus: Para falar a verdade, nunca pensei nessa hipótese de relançar a 1ª Demo, até porque ainda é cedo.

SDZ: Hoje em dia muitas bandas tem optado por lançar seus trabalhos no formato de Cd-demo (CD-r), pelas facilidades que esse formado dispõe se comparado a velhas fitas K7, que estão custando caro, além de sua postagem ser mais cara. Sei que dificilmente este formato morrerá, mas qual sua posição a respeito disso? Existe algum preferencia de sua parte, ou você prefere manter a tradição das DT´s?

Count Haeretticus: Isso é fato. As facilidades que um CD-Demo proporciona são grandes, a começar pelo preço do mesmo no comércio e pelo preço de envio nos correios. Nestes dois fatores o K7 está bem mais caro... Caso contrário lançaria com certeza no velho e grande formato tape (minha preferência).  Creio que ainda este ano lançaremos este CD-Demo em formato K7 com dois bônus!

SDZ: Como anda as celebrações da horda? Planos para tocar fora do Nordeste?

Count Haeretticus: Fizemos algumas apresentações ano passado e apenas uma esse ano... Até porque essa é a nossa opção, fazer 03 ou 04 shows por ano aqui na nossa cidade. Em Agosto, estaremos indo celebrar em tuas terras, depois de dois anos. Um grande anseio nosso... Estamos vendo a possibilidade de fazer uma mini-turnê em Janeiro de 2007, até o Sudeste!

SDZ: Vocês acabaram de lançar um novo trabalho em formato Cd-demo. O que você pode nos adiantar sobre ele, pois ainda não tive a oportunidade de conhecê-lo.

Count Haeretticus: Lançamos em Fevereiro deste Ano Vulgar “Prelúdio da Profanação... Glória e Eterna Supremacia”. São três impuros e negros hinos. Um trabalho muito acima do primeiro, com encarte e letras. Sonoridade mais madura, evoluída e mais agressiva, sempre mantendo o negro sentimento.

SDZ: Os planos para o lançamento do Debut já estão bem adiantados. Vocês já possuem tudo em vista para esse lançamento? Quando está previsto? Será um lançamento em parceria com algum selo ou trabalharão de forma independente? Pode adiantar título?

Count Haeretticus: Estamos lapidando os 09 hinos que farão parte deste perverso opus, uma nova sonoridade, mais agressiva, trabalhada e negra... Hinos que contam com trechos em coros épicos entoando feitiços, batalhas e ódio eterno à porca judaico-cristandade. O mesmo já possui título: “Ritos de Profanação”... Temos o suporte e amizade do grande irmão Mário Tenebrarum, da Tenebrarum Produções, e ele nos fez uma boa proposta. Por enquanto estamos sem previsão para a conclusão deste Debut e seu lançamento, mas não pretendemos tardar muito.

SDZ: Vocês passaram por uma mudança e hoje você vocifera seus hinos em nosso idioma. Qual o motivo que resultou nessa mudança?

Count Haeretticus: Quando iniciamos, os hinos eram entoados em inglês e português. Com o passar do tempo optei por vociferar somente no nosso idioma. O motivo? Honrar mais ainda o orgulho por meu país, minha terra, expressar e expor melhor nossos sentimentos!

SDZ: Hoje é muito comum encontrarmos hordas que cantam em nosso idioma. Na sua opinião a que se deve isso?

Count Haeretticus: Acredito que o motivo é o mesmo nosso, porém não posso afirmar. Mas seria grandioso se as Hordas brasileiras sempre optassem pelo português!

SDZ: O Brasil é um daqueles países que possuem um Black Metal distinto, assim como na Noruega e Grécia, que logo se reconhece quando escutamos, mesmo quando certas hordas tentam tocar como europeus. Estamos evoluindo a cada dia tornando nossa identidade mais clara?

Count Haeretticus: Com certeza George, como questionado anteriormente, muitas Hordas estão optando por cantar em nosso idioma, e isso já é um grande fator evolutivo para mostrar a identidade do Metal Negro Brasileiro. Hordas respeitadas e honradas como: Miasthenia, Vultos Vocíferos e Luxúria de Lillith, que vociferam em português, são prova disso, e as mesmas nunca tentaram copiar os europeus. Copiar, plagiar, ficou a cargo dos incompetentes, não precisamos copiar ninguém!

SDZ: A horda Pactum foi a primeira do Sul exclusivamente Black Metal a tocar em nossa região. Porque ainda é tão difícil para uma horda do Sul tocar em nossa região? Existe um muro intransponível cercando nossa região? Na minha opinião o fator da distância não justifica mais, pois com um pouco de esforço dá sim para que bandas de todos os estados possa tocar em qualquer parte do país, para mim a dificuldade é outra...

Count Haeretticus: A dificuldade financeira é o único fator em minha opinião. Como você mesmo disse, distância não é problema, para isso existem vários meios de transporte. Barreiras intransponíveis? O Pactum mostrou que isso não existe. “Metal Negro sem fronteiras”. Mas não há como negar alguns fatores negativos... Alguns seres do Sul afirmavam uma tal postura separatista por parte do Pactum, mas se tratava apenas da maldita inveja. Talvez essa seja a barreira: Inveja e ignorância por parte de alguns bastardos. Mas os fortes sempre prevalecerão...O Nordeste, assim como o Sul, fazem parte da mesma terra, e o Brasil é uno, inseparável. E não será a inveja de alguns cuzões que irá transgredir o círculo do Metal Negro Brasileiro.

SDZ: A Arkanus Ad Noctum se tornou em pouco tem um referencial do Black Metal nordestino em sua breve existência. A que você atribui esse respeito que os guerreiros de todo o país vem demonstrando nestes últimos tempos?

Count Haeretticus: Não seguimos regras nem leis, seguimos a nossa Lei Profana de liberdade e satisfação do ser pensante. Porém no universo que vivemos é de suma importância Transparência, Clareza, Postura, Honra, Moral, Atitude, acima de tudo e abaixo de nada Ideologia, principal e magnificente alicerce do Metal Negro, e a Horda Arkanus Ad Noctum faz toda questão de expressar e expor sua Ideologia.

Temos consciência do que falamos e fazemos, por que falamos e fazemos. Temos honra extremada disto. Nossas odes, nossas batalhas, nossos princípios, isso nos deu e nos dá sempre respeito e reconhecimento por parte dos (as) guerreiros (as) que lutam pela supremacia e integridade do verdadeiro Metal Negro. Non Ducor, Duco!

SDZ: Muito tem se falado sobre uma leve mudança no que diz respeito a moda Black Metal, sendo esta não mais tão intensa como a 2 anos atrás. O que você poderia dizer a respeito? Houve realmente tal mudança em sua opinião?

Count Haeretticus: Sim, muitos porcos viram no que realmente estavam se metendo. Como nós bem sabemos, Metal Negro não é para qualquer um. A moda diminuiu bastante, algo totalmente positivo. Porém sempre existirão alguns bastardos embalistas e modistas tentanto ser o que não são. Mas a excelência em essência não ficou para qualquer um. Como falei antes: “Somente os fortes prevalecerão!”. O tempo sempre nos mostrará isso!

SDZ: Passei um breve período meio que afastado da cena e notei que em pouco tempo muita coisa muda na cena em nosso país, muitas hordas que a 3 anos estavam em plena atividade hoje estão paradas e muitas até encerraram suas atividades. Você acha que o crescimento da cena no país esteja provocando esta instabilidade, ou está acontecendo algo isolado no Black Metal nacional?

Count Haeretticus: Não vejo isso como algo negativo, até porque grande parte destas “hordas” que acabam em um, dois ou três anos eram ou são integradas por vermes modistas, os quais buscam apenas ganhar fama, status e dinheiro. E quando enxergam a realidade deste macrocosmo, voltam para seu mundinho imundo de onde nunca deveriam ter saído. Força, Poder e Honra para os Fortes!

SDZ: Vocês tocaram em um evento aqui em Fortaleza no qual teve o Enthroned como atração principal. Você me comentou que não gostou da postura dos caras do Enthroned. Você notou algum tipo de estrelismo da parte dos caras ou algo em especial que queira comentar?

Count Haeretticus: Tivemos uma grandiosa e excelente receptividade por parte dos (as) guerreiros (as) de Fortaleza, reencontrei-me com grandes irmãos, os guerreiros de Govanon... E fizemos uma grande apresentação. A parte ruim e desprezível realmente foi o Enthroned, seríamos generosos ao chamá-los de estrelas. Total falta de respeito com muitos lá presentes, os caras foram babacas mesmo, cuzões. FUCK-OFF!!!

SDZ: O Metal underground, em especial o Black Metal cresceu bastante nos últimos 4 anos em Piauí, após o surgimento de hordas como Arkanus ad Noctum, Pecatorium, Empty Grace, entre outras. Notei que o que fez isso acontecer foi a união dessas hordas, união essa que fez crescer uma cena da noite pro dia, se tornando por um certo período a única capital nordestina com festivais de Black Metal periódicos... Como tem andado a cena atualmente?

Count Haeretticus: A união continua a mesma, com apenas uma “baixa”, a Horda passará um tempo adormecida por falta de guitarrista... O cenário Negro Piauiense vem crescendo lentamente, surgiram novas Hordas com princípios, dignidade e Ideologia como: Belsazar, Funeral Místico, Cristo Cadavérico, Haeretic Winds... E também Funerality, a mesma idade do AAN. Com relação às celebrações, tivemos uma breve diminuída, mas verás o poder despertando novamente a partir de Agosto.

SDZ: Como tem andado as atividades de seu negro artefato “Eternal Devastation Zine”?

Count Haeretticus: “Eternal Devastation Zine” adormeceu em sono eterno. Mas acabei de lançar a primeira edição do “Ritual Zine”, um negro pergaminho, mais poderoso e maligno, que conta com o seguinte conteúdo: Entrevistas – Pactum, Funerality, My Fallen Father, Mystifier, Evil Empire, Luxúria de Lillith, Eternal Sacrifice e Catacumba, Artigos sobre o Satanismo Tradicional, Manifesto contra nazismo e White, Resenhas de shows, CD’s e DT’s e um pôster. São 40 páginas, com uma excelente diagramação e layout!

SDZ: Se pararmos para observar, muitos dos zines impressos que existiam há 3 anos atrás hoje estão inativos, pois não podemos negar que na cena nacional não existe uma apoio apropriado para o desenvolvimento dessa atividade, que por anos contribuiu ativamente para o fortalecimento de nossa cena. Também existe o fator das facilidades que existe na produção de um Web Zine, cujo a de maior destaque está nos custos que são mínimos, além de que a possibilidade de patrocínio para esse segmento é maior. Na sua opinião de zineiro, como ficará o futuro dessa tradição?

Count Haeretticus: Tenho certeza que continuará firme e forte assim como as majestosas demo-tapes. Realmente as dificuldades continuam grandes, e a facilidade para elabora um WebZine é gigantesca, principalmente possuindo um computador em casa. Porém, ao ser deletado, não mais existirão registros de sua existência, além da lembrança... Já o impresso é eterno!

SDZ: No ínicio da década começou o surgimento de várias bandas de Black Metal que assumiam abertamente uma ideologia neo-nazista. Fato esse que pareceu mais uma modinha que desapareceria em poucos meses, como toda a bosta desse tipo. Mas passado o tempo, ainda existe uma certa propagação dessa medíocre ideologia. Na sua opinião a que se deve isso?

Count Haeretticus: Pura incompetência, nada mais. Um bando de playboyzinhos frustrados que mesmo com poder aquisitivo não conseguem o conhecimento almejado. Então o que lhes resta? Apelar para a medíocre e fecal ideologia N$. Mesmo tendo a mão da igreja católica por trás desta torpe. Nazismo e cristianismo andam juntos. Com os mesmos olhos de desprezo com que vejo um porco white “metal”, vejo um cuzão bastardo metido a nazista. Bando de chupa-pau de gringos racistas e neo-nazistas. Torço para que tenham uma morte bem lenta e dolorosa!

SDZ: Com esse crescimento de bandas que se rotulam NS nos últimos anos, tem se notado uma certa rivalidade direta das bandas do Sul com relação aos nordestinos. Essa “briga” (ou guerra como muitos gostam de chamar) tem se prolongado bastante. A que ponto isso chegará?

Count Haeretticus: Sei que estes vermes perdurarão por muito tempo. Porém, eles possuem uma grande característica: Covardia.  Muitos destes porcos são extremistas radicais, homicidas virtuais, e outra grande parte se esconde no anonimato. Vivem se escondendo nos esgotos e ainda abrem suas malditas bocas para falar em Honra. Honra em viver copiando o fracasso europeu chamado Nacional-Socialismo? Honra de usurpar a cultura alheia?

O termo correto não seria rivalidade, e essa guerra não se resume apenas ao Sul. Garanto-lhe que estes porcos estão por todas as partes. São Paulo e Brasília são bem “fortes”. Como falei, vivem no anonimato, outros negam até a morte, vivem em pocilgas e esgotos, onde é o lugar deles. É para isso que estamos aqui, lutando pela supremacia e integridade do nosso negro cenário underground. Onde chegará? Não sei, mas sempre serão combatidos, pois você sabe, temos um propósito!

SDZ: Na sua opinião o que isso trará para o negro underground diretamente?

Count Haeretticus: Como falei, temos um propósito, que é defender o círculo do Metal Negro, obscuro, anticristão, pagão, oculto, satanista. E estes vermes que se auto-rotulam N$ degrinem o nosso círculo das Artes Negras.

SDZ: Outro ponto eterna discurção dentro da cena nacional, mas precisamente da cena nordestina. O que você acha de bandas que seguem essa tal ideologia neo-nazista dentro do próprio nordeste? Quero dizer nordestinos com tal ideologia.

Count Haeretticus: Vejo da mesma forma que vejo os outros porcos, escória ignóbil. Tudo é merda da mesma fossa, e deve ser combatido, boicotado e desprezado!

SDZ: Mas você tem o conhecimento que mesmo no Nordeste temos muitas bandas que seguem tal ideologia. Qual seria a posição da Arkanus ad Noctum perante tais hordas? Vocês chegariam a ter alguma relação com estas bandas ou até mesmo dividiriam o palco com uma banda que seguem tal ideologia?

Count Haeretticus: Tenho, aqui mesmo em Teresina existem uns cuzões frustrados, chupa-pau de gringos nazistas e racistas. Nosso guitarrista, Arkanjo P. Daemonicus, já mandou um deles para o pronto-socorro com a face totalmente desfigurada e fraturada. Não queremos relação, não queremos ligação e não dividimos palco com tais “hordas”. Morte aos porcos nazi-cristãos!!! A Horda Arkanus Ad Noctum declara guerra contra essa corja, ódio e desprezo.

SDZ: Você já ouviu falar do “Inner Circle do Sul” encabeçado pelo lider da Great Vast Forest, Count Sugarth? Sabemos que essa palhaçada já está indo bem longe, você não acha?

Count Haeretticus: Essa é novíssima para mim... Mas esperar o que de um “guerreiro” que diz não ter ligação com N$, e quando lança o Debut da “horda” agradece para lixos como Brigada N$, Adolf Hitler, Graveland! Sem falar das merdas e asneiras ditas no Metal Vox WebZine algum tempo atrás. Teve também o episódio do vídeo feito em um show deles que rolou em SC, onde ele fala bem claro: “Salve a causa branca Sulista”. Perguntei para ele mesmo o por que deste brado, ele respondeu afirmando que só falou aquilo porque o organizador do evento havia pedido...Será mesmo??? Quanta postura e identidade, quanta autenticidade! Assim como copiar os europeus com essa merda chamada “Inner Circle”, movimento esse que quem supostamente integrou hoje afirma que era uma jogada para se promoverem, outros sentem vergonha desse movimento. Porém me parece que copiar, plagiar, usurpar idéias e culturas alheias é um “dom”, e muitos fodões por aí fazem isso muitíssimo bem. Como você mesmo disse, é uma palhaçada, nada mais. E espero que vá longe, para bem longe do Brasil, ele e todos os que o apóiam, com esse tal “Inner Circle”. AHAHAHAHAHAHAHA, que piada!!!

SDZ: Count Haeretticus, quero agradecer pela entrevista, que há muito já deveria ter sido realizada, mas que só agora foi possível, e pelo apoio que você tem direcionado ao meu trabalho com o Satanic Destruction Zine. Tenha certeza que nossa aliança se fortalecerá com o passar do tempo trazendo glórias ao verdadeiro Metal Negro de nossas terras. Sinta-se a vontade para deixar sua mensagem final aos nossos leitores... Hail Arkanus ad Noctum! Hail Satan!!

Count Haeretticus: Grande Irmão George, agradeço em nome de todos do Arkanus Ad Noctum pelo grande apoio. Saiba do grande apreço que tenho por nossa amizade, que já dura alguns anos, e ainda perdurará por muito mais.

Metal Negro sem Ideologia, Moral e Honra não existe. Glórias e triunfos à Supremacia e Integridade do verdadeiro Metal Negro. Boicote e desprezo aos porcos white “metal”, nazistas, separatistas e racistas!!! AVE BRASIL!!!

Si Vis Pacem Para Bellum!